Eu que sempre fui traído pela ausência de ego, pudor e estima, resolvi compartilhar com quem quiser histórias, contos, visões e textos provenientes dessa velha fábrica de criatividade que sou. Arquiteto de situações, pela capacidade de criar, moldar e pavimentar os sonhos, faço dos meus textos o portal para esse meu mundo, onde as nossas sentimentalidades são as linhas que minha caligrafia desliza. Assim sou eu, sincero, claro e verdadeiro. Bem vindos! A minha alma e ao meu valente coração!
terça-feira, 3 de agosto de 2010
O Homem que não sabia nadar
Minha paixão pelo mar é frequente, como se eu tivesse de fato minha vida ligada ao mar, sempre viajo ( de cara ) nos pensamentos, lá está o mar sublime espelho esverdeado com espumas claras lambendo a areia enquanto caminho ou simplesmente a história se desenvolve, até o céu eu associo, quando está 100% azul fico imaginando a cena... aquele quadro lindo de céu e mar, ilustrando ... personificando a palavra imensidão, infinito ... até o ponto que nossos olhos podem ver... como se fossem um só.
Talvez pelo "sal" diário que a vida me proporciona, ou pela distancia geográfica que o destino me impôs, ou simplesmente pela clareza do som vivo até hoje em minha mente das ondas se chocando contra as rochas, a paz que isso traz... o fato é que sinto, que queria terminar minha vida ali, de algum jeito... fundindo-me com o mar, afogado não tem jeito ... só molho mesmo as canelas... porém é magnético, rouba mesmo minha alma...o por do sol, tudo tão perfeito....como se eu vivesse eternamente nas únicas férias na praia que passei, o sentimento de liberdade, de curtir a vida, era tamanho, que jamais me senti de novo assim...
Quando cito que meu maior desejo, é voltar pra casa, tem também um pouco disso e da fatídica frase cliché: "A gente só da valor as coisas que tem depois que as perde..." Não sou um sonhador, muitos até me rotulam de pessimista, mas só vejo TODAS as possibilidades, a vida é assim, ao contrário de alguns jogos, só há dois resultados possíveis : A vitória e a derrota. Hoje vivo cercado da cortina de fumaça que é ser feliz em uma eterna corda bamba, a linha entre ser realizado e ser um derrotado é ténue, a qualquer momento podemos cair, e eu sei ( mesmo sem olhar pra baixo ) que não tenho chão....É como o mar, calmaria demais, véspera de tormenta...
Aí eu pergunto... será mesmo que não sei nadar? Pois se como eu , o mar é cercado por todos, a todos graceja... porém termina sozinho...Acho que nado sim... todos os dias, um pouco.... se não nado eu remo... contra a maré...pois traiçoeiro é, esse mar da vida...
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