Vivemos sempre nos enganando, seja de uma forma ou de outra... direta ou indirectamente...consciente ou inconscientemente, as vezes até por pré conceitos introduzidos no nosso carácter há tempos por nossos educadores, mentores...fingimos acreditar em coisas, que sabemos que não são verdade, temos que balançar a cabeça para alguns fatos, que desaprovamos completamente...alimentando paradigmas...
Quebremos então a lei da mordaça que nos intimida a sermos nós mesmos, e sussurremos de mansinho : "_ tenho que ser sincero comigo mesmo!" Sim, tem... se não consegue praticar a sinceridade com o outro, seja consigo mesmo pelo menos...Existem momentos, pontos na vida em que você tem que se decidir, se mantém a postura socialmente correta ou se questiona, não importando a mínima sobre a blasfémia que isso vai parecer, socialmente falando. Temos que aprender a questionar, pois se erramos... as pessoas que anos lá atrás... fizeram leis e regras também eram humanas, e por tanto passíveis de erros...O que nos estraga é acreditarmos que o ápice da bondade contida em nossos corações abrange a omissão da palavra "Não" ... Verdade seja dita, temos ojeriza de dizer não... não quero, não posso...
Uma das lições de minha vida veio a pouco...questão de dias...eu conheço as pessoas que amo, as pessoas que me cercam... sei da capacidade delas de amar, de solidariedade, de compreensão... mas também sei da capacidade de mentir, não saber perdoar, e de deixar claro... suas necessidades e desejos... E ainda assim, mesmo com minha mente me relatando cada ficha, meu coração ainda me fez acreditar que houve sim, uma mudança de postura... de pensamento... E o fim da história é sempre o mesmo... a gente sai murmurando ... "Como eu fui idiota em acreditar..." mas não é questão de burrice, é de sinceridade...parece frio eu sei, mas temos que ser sinceros, as vezes, abafar o que grita o coração e, simplesmente enxergar... que nada muda tão bruscamente, quanto se pinta, e que, acreditar nessa mudança, é suicídio intelectual.
Portanto, é comum das pessoas, se fazerem de transparentes e compreensivas, mas a medida que vêem que as coisas não fluem como o esperado... chorarem pelo castelo de areia que montaram...Jamais moldemos sonhos embasados nos sentimentos, desprendam-se... libertem-se ... mesmo que vá doer - e vai muito...Semearemos nós mesmos nosso destino e se tiver que acontecer, Deus proverá... Quanto ao coração....como disse antes, temos de aprender a dizer não... até para ele.
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