domingo, 23 de setembro de 2012

Calmaria...Ou calma, ria!

Embora não seja de uma credulidade assídua dos signos a nos designados, muita coisa descrita como característica de uma pessoa daquele determinado signo, me intriga. Como podem acertar tanta coisa?Por exemplo, dizem que os cancerianos são muito ligados ao passado, e pelo que já conversei com alguns, pelo que eu mesmo vivencio... Tudo bate. Costumeiramente dou um pause no controle remoto imaginário da minha vida, faço uma faxina no HD e uma revisada geral, em suma quando tudo vai mal, não tendo muitos motivos para sorrir eu simplesmente acesso a minha memória, para buscar os sorrisos que já habitaram meu rosto, as bocas que se tocaram a minha, as vitórias, as alegrias... Tudo o que conota felicidade, momentânea ou não. Até aqueles que me decepcionaram depois... Eu simplesmente excluo da lembrança tudo o que de pior aconteceu. Ao fechar meus olhos ou, simplesmente olhar para o céu, sou como um surfista que pega a sua prancha e vai em direção ao mar, respeitando-o ele compartilha com a natureza cada segundo como se fosse o último, e é como se a alma saísse do corpo e flutuasse em cima de toneladas d’água, toneladas de lembranças... Eu vejo novamente os olhos de quem me apaixonei pela primeira vez, eu beijo novamente o amor da minha vida, eu sinto a minha mãe me abraçar forte, revivo o momento da abertura dos olhos dos meus filhos pela primeira vez, sinto o sol tocando minha pele quando viajei de férias ao litoral, sinto as conchas entre os dedos do meu pé na areia, e é tudo tão real, quase posso tocá-los. Impressiono-me, me emociono, ainda estão todos lá... Sorrindo pra mim, de braços abertos, me esperando voltar, quem me amou ou quem eu amei, ali, não houve negativas, neste estágio, quem eu amei, me amou também da mesma forma e com a mesma intensidade. É uma paz, uma plenitude... Nada do que me perturba, me enfurece, parece fazer sentido, é como se eu ficasse imune a todas as maldades do mundo, como se de repente tivesse me vacinado contara o mal. Eu deslizo sobre o mar dos sorrisos, sinto a água me beijar como o beijo que jamais esquecerei ou como aquele que eu sempre quis ter para guardar comigo, deixo meu corpo se inserir na onda, como se eu, a prancha, o mar, o céu e a areia fossemos uma coisa só. Não há aflição, não há impossibilidades, nem rochas onde as ondas se quebram... Somente paz, paz de espírito, dali se vê a simplicidade de tudo, dali se vê que cada coisa tem seu lugar, que cada por que tem sua resposta, que cada pedra no caminho é estrategicamente colocada para que você repense seus passos, que cada amor deve ser vivido, não importa o que aconteça, tem sempre que prevalecer... E foi surfando nas minhas lembranças que me curei dos desgostos da minha realidade, aprendi a agradecer ao invés dos pedidos quase diários. Foi nas minhas lembranças que aprendi a estender a mão a quem me ignora e dizer: Conte comigo. Já não me machuca tanto quem me usou, quem me enganou quem me humilhei, eu me sinto maior, eu me sinto com algum valor, eu me sinto importante, ou protegido, me sinto como de fato sou amado por Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário