Existem várias perguntas que ainda não foram feitas, outras milhares feitas que não tenha uma resposta convincente... A pergunta que tem me tirado o sossego é: Existe limite para o AMOR? Existe um fim... Um prazo de validade? Na expectativa de encontrar a resposta escrevo de forma apelativa aos que eu possa alcançar:
“Ah sim, me deixei levar”... Deixei-me levar mais uma vez como outras centenas...Ou duas ou três pela magia de um olhar sincero, pelo brilho de um sorriso verdadeiro, embalei mil sonhos com a tua face como meu travesseiro, me cobri com teu corpo quando senti frio, e foi na tua mão que eu segurei quando tive medo... Medo de reconhecer o que sentia, medo de dar o último passo, aquele que me levaria eternamente para o teu lado... Que me faria parte de você como você faz parte de mim. É em você que encontro paz, meu sorriso atende pelo teu nome... Eu seria um tolo se negasse, ou um tolo ainda maior de afirmar, que não soube como tudo isso chegou a mim, quando, como, onde ou porque, por favor, jamais me pergunte, não sei! Como tudo deve ser na vida, foi o natural que fez com que tudo se desencantasse... Quando dei por mim era tarde, estava completamente afundado na tua essência, num transe profundo onde categoricamente nada fazia sentido se não fosse ao teu lado.
A primeira atitude sintomática foi à ternura, o bem querer... Independente do possuir ou não, veio o querer bem, forte, intenso... Foi algo próximo da pureza, foi o querer cuidar de ti que me deixou mais nobre, mais humano. E lhe estendi minhas mãos pela primeira vez...Desesperado pela sensação de vulnerabilidade que meu coração me impôs, eu tentei, de tudo para virar às costas ao que sentia, mas tudo parecia ganhar ainda mais força com minha negativa mentirosa em te querer. Fui então soterrado pelos problemas que a vida impõe, mas foi o amor que senti por ti que me alimentava como a água da chuva alimenta um soterrado em meio aos escombros, e sobrevivi, me vi mais forte com você ali do meu lado, ainda que por um olhar, por um sorriso...
Construímos cuidadosamente o universo paralelo que se acende quando nossos olhares se cruzam, este mundo, essas pessoas... Desaparecem, e vivemos um pelo outro e só, o amor basta. Porém... Não havia espaço entre o céu e a terra para este amor se expandir, e tudo ou todos jamais deixariam tudo isso existir, era incompreensível demais, intenso demais para ser concebido. Amar é entender cada palavra que o coração grita, sem que a boca dê uma só palavra, é sentir, mesmo sem saber explicar, que existe algo tão forte do outro lado da corda que mesmo que não seja dito jamais, se faz presente na atmosfera. É entender todas as razões para a fuga, não do sentimento, mas do peso que esse sentimento traria.
Jamais saberei se é justo ou não deixar o amor escorrer pelos dedos... Se for o correto despedir-se daquilo que pode ter sido seu último suspiro de amor. Então, cuidadosamente, retiro minha armadura, desembainho minha espada, e me sento na escada da minha morada para olhar mais uma vez para o céu. Eu me sinto cansado, mas jamais esquecerei tudo o que vivi da esperança, da animosidade que me trouxeste me fazendo amar novamente... Então decido não mais utilizar meu coração, aposento-o neste instante, este será seu para sempre, é nele que jaz nossos melhores dias, nossos encontros, os milhares de beijos que demos sem nos tocar, todas as viagens que fizemos juntos ao nosso mundo, ou a qualquer mundo que pudéssemos estar juntos. A força que esse amor me deu foi tamanha, que mudou minha história, mudou meus costumes, mudou meus passos...
Não me despeço desse amor, somente achei que fosse mais do que justo, eterniza-lo como sendo o meu último amor. A partir deste sol, não mais usarei meu coração para minhas decisões, já não quero mais sequer conhecer ou viver nenhuma história, e queria do fundo do meu peito que suas histórias possam te trazer sorrisos, felicidade, mas que jamais se sobreponham à nossa, pois creio que seja, senão a última, uma das últimas de um sentimento verdadeiro, que surgiu naturalmente e ganhou uma proporção tão única quanto à intensidade. O que é seu em meu peito perdurará, pois jamais ninguém sequer chegará perto do que você construiu em meu coração. O amor não se acaba, adormece numa câmara gaseificada à espera da faísca, e se um dia, no tempo ou no espaço apenas uma fagulha surgir... Estarei ali, onde sempre estive: esperando...”.
Eu que sempre fui traído pela ausência de ego, pudor e estima, resolvi compartilhar com quem quiser histórias, contos, visões e textos provenientes dessa velha fábrica de criatividade que sou. Arquiteto de situações, pela capacidade de criar, moldar e pavimentar os sonhos, faço dos meus textos o portal para esse meu mundo, onde as nossas sentimentalidades são as linhas que minha caligrafia desliza. Assim sou eu, sincero, claro e verdadeiro. Bem vindos! A minha alma e ao meu valente coração!
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