Quando nos tornamos reféns de nossos medos, condicionados a
viver 24 horas por dia em busca de uma resposta para todos os problemas que nos
afligem, percebemos que não importa o que se faça, quanto mais nos desesperamos
mais nos afastamos da solução, como um gato num novelo de lã...
Quanto mais se
mexe, mais se enrola, mais fica preso...Como na areia movediça, quanto mais o
apavoramento nos ataca, menos vemos possibilidades de sairmos dessa situação...
E não importa o que se faça, para quem implorarmos por ajuda
ou clamar aos céus pela ajuda do pai que nos acostumamos a invocar nos momentos
de adversidade... Para ajudar a si mesmo, há de se buscar o silencio, a
lucidez, a razão... Se apegue ao silencio, se auto avalie, busque nas
profundezas da alma o equilíbrio para sustentar a fé que muitos questionam
existir em consecutivas derrotas. Buscar respostas pode ser uma jornada longa
dentro de si mesmo, e nem sempre os caminhos que percorremos nos é motivo de
orgulho.
É preciso vasculhar cada canto de nossa alma em busca desse
silencio, dessa paz interior para encontrarmos as soluções, a inércia e o
silêncio são imprescindíveis para diagnosticarmos onde erramos e, infelizmente,
quase sempre somos nós mesmos que nos enrolamos tanto que quando damos conta
não parece possível desfazer tantos nós... Mas há dentro de cada um de nós a
chave, a resposta ... A saída, pois se nos colocamos nesta situação, temos o
dever moral de desatar nossos próprios nós...
Portanto, chega de brincarmos com o novelo de lã... Fazer da
vida o fardo mais pesado a ser carregado, dar importância demais a derrotas que
temos cujos vencedores estão pouco se lixando para o resultado... É frustrante
ver que no fundo... No fundo... Só perdemos para nós mesmos, sempre! Somos quem
podemos ser, e isso tem que bastar, pois quem finge ser o que não é jamais
encontra a verdadeira paz... Mentimos para outras pessoas, mentimos para o
travesseiro, porém ali, no espelho ... Todos os dias enfrentamos a verdade
irrefutável escancarada nas janelas das nossas almas... A calma é a primeira a
fugir no momento de desespero, e ouvir os outros aconselhar-nos a manter a
calma parecem mil facas rasgando o abdômen... Mas encontrar um ponto de
equilíbrio é vital para enfim encontrar a ponta certa que desatará todos os
nós... E nos trará novamente a liberdade... Tente!