Nosso ego arrota sanidade, mas somos nós que acorrentamos
nossas vidas em empregos que jamais idealizamos ingressar, alimentamos o
espírito consumista que corrói nossos dias a cada propaganda dando como escambo
o sonho de trabalhar no que se ama no que estudamos para exercer, exaurimos
nossas forças por empresas e pessoas que nos pagam e tratam com o desdém de
quem te julga dispensável e desnecessário, onde está à lógica nisso?
Nossos olhos julgam os que se separam, mas não temos a
coragem de lutar por quem realmente amamos na vida, de jogar tudo para o alto,
de se atirar, de baixar a guarda, de sermos felizes... Somos tão acomodados com
os valores pré-estabelecidos que mantemo-nos em relacionamentos desgastados e
que já terminaram faz tempo por preguiça de começar tudo de novo, de tentarmos
mudar a vida... Qual a razão nisso?
Preocupamo-nos tanto em galgar os degraus do sucesso, que
confundimos a escalada pela realização profissional com a busca pela
felicidade, e nisso os valores e nossa condição humana se perde talvez para
sempre. Gritamos aos ventos que temos fé, mas não colocamos em prática o
perdão, o altruísmo, a caridade... Mentimos para nossas almas afirmando que
cremos, mas não confiamos no tempo e nos planos de DEUS. Onde está à sapiência
nisso?
Desta maneira, podemos afirmar que mergulhamos os espíritos
em hipocrisia se afirmarmos que todos somos normais... Ou que há apenas poucos
loucos e insanos, não... Somos todos dotados daquela insanidade que impregna
nossa existência de atipicidades, que nos dota da capacidade de tomar as
decisões mais improváveis em situações inesperadas. É a insanidade que nos faz
amar quem não nos ama, que nos faz trabalhar pra quem nos humilha que nos faz
sorrir quando os olhos insistem em chorar... É a insanidade que nos faz querer
a simplicidade do lugar onde nasceu quando ficamos mais de uma semana longe de
casa. É a insanidade que nos traz a felicidade que só nós enxergamos... Nas
pequenas coisas. Ser insano nada tem haver com loucura ou insensatez, trata-se
de errar tentando acertar, pois às vezes para darmos um passo à frente, é
preciso recuar dois passos... E para se saber para onde vai, precisamos
percorrer novamente todo o caminho e lembramo-nos de onde viemos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário