Eu que sempre fui traído pela ausência de ego, pudor e estima, resolvi compartilhar com quem quiser histórias, contos, visões e textos provenientes dessa velha fábrica de criatividade que sou. Arquiteto de situações, pela capacidade de criar, moldar e pavimentar os sonhos, faço dos meus textos o portal para esse meu mundo, onde as nossas sentimentalidades são as linhas que minha caligrafia desliza. Assim sou eu, sincero, claro e verdadeiro. Bem vindos! A minha alma e ao meu valente coração!
domingo, 11 de novembro de 2012
Meu sol, meu verão...
“Cinzentos - Eram assim os meus dias de sabatina, não queria em hipótese alguma notícia qualquer daquele mundo que insistia em me corroer a alma, não me deixava levar por qualquer dose de entusiasmo vinda de lá de fora, nem o som da chuva, ou os raios de sol que invadiam meu quarto pela fresta da cortina, era a forma que eu tinha de diferenciar os dias das noites. Meus olhos denunciavam a derrota e a profunda amargura que minha alma exalava, ali eu não tinha ontem, não tinha hoje, e muito menos imaginava um amanhã. Invadido pelo sentimento de certeza que não haveria saída, eu me limitava a levantar apenas para ir até a janela, sempre me indagando o porquê dos raios solares serem tão insistentes em entrar no meu quarto, eu não queria saber de nada que simbolizasse vida me rondando, era como se eu fosse devoto da contagem regressiva dos dias que me prendem a esse mundo. O tecido da cortina não era muito grosso na verdade, mas deixava transparecer tamanha claridade que passei a admirar sua força, sua intensidade, sua luz. Foi assim que tudo começou, minha vida cinza era vez ou outra invadida pela luz radiante do sol. E senti meu sangue esquentar novamente, ouvia novamente os sons do mundo que outrora eu relutava em escutar, meus olhos brilhavam a cada dia mais na mesma intensidade dos raios que o sol me dava diariamente. Passei então a me alimentar daquela luz que emanava do horizonte. Do meu corpo e da minha alma, eu via a minha força voltar e não mais se esvair, e pra mim foi como renascer... Eu resolvi então abrir as cortinas, deixar o sol entrar de vez em meu quarto! E vi as cores das árvores, senti aquele vento contra meu rosto, senti a vida soprando novamente em meu coração. E então... tudo que era morto em minha alma renasceu porque resolvi me render ao verão. Os raios de sol, na verdade, era apenas o teu sorriso convidativo e brilhante... Latente como paixão de adolescente, me fez levantar e querer viver novamente, e foi o sol dos teus olhos que me sorriu. Conquistou e me fez amar novamente, daí soube o que senti ganhar vida novamente... Era meu coração. E , embora não acreditasse mais nisso, embora não achasse mais isso possível, era paixão. Muito embora não me restasse muito tempo e sua jovialidade deixava óbvio o abreviamento desse sonho, eu decidi viver esse verão, deixar o sol entrar e sorrir ainda que por um breve período, e tudo o que era cinza tomou cor, quando você chegou! Ilumine minha vida ainda que por algumas voltas do relógio, pois levarei comigo para o infinito a lembrança do nosso verão... meu sol! Afinal, verão sem o sol, é impossível!"
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