Durante milênios o domínio do homem foi dado como
inquestionável e irrevogável. Éramos os supremos senhores de tudo, patriarcas,
generais, conquistadores, de modo geral dominadores. Essa falsa sensação de
controle e poder uma hora acabariam nos pirando. E de fato, essa máscara caiu,
se algum dia houve esse controle, se dissolveu em nossa própria arrogância,
intolerância e a vil capacidade de subestimar a mulher. Se muitos ainda dormem
e acordam com a sensação moral de estar no século XIX, onde a mulher era
extremamente submissa e o homem podia tudo... Ainda exigia dela o que quisesse,
e na hora que quisesse... Há outros que veem com olhos visionários essa era
“sob nova direção”. As mulheres não são mais inteligentes, e sim mais perspicazes
, elas viram a oportunidade na frente delas e seguraram, seguraram tão firme
que não soltaram mais. Infelizmente pra elas, todo esse domínio terá um preço,
talvez caro demais, porém não vejo nelas ausência de fibra para administrá-lo.
Temos que enfim entender, que o que as mulheres procuram é
somente serem ouvidas, notadas, em cada centímetro, se possível até a alma!
Não, não falo de entendê-las, pois nem elas mesmas conseguem. Falo de se moldar
a elas de uma forma tão intensa que a sintonia se torna natural, e isso é ouro
hoje em dia. Infelizmente, aquela comunicação visual, aquela capacidade de
seduzir sem disparar sequer uma palavra anda sumida dos nossos métodos e
acabamos criando verdadeiros monstros. Hoje, nossa incapacidade de agradá-las
ou conquista-las é tamanha, que muitas confundem tomar iniciativa com
persuasão, e cada vez mais se parecem com a forma machista existente em cada um
de nós - resolvendo tudo na base da força, como um machado que corta sem
pestanejar tudo o que é harmônico, tudo o que simboliza paz, todo o processo
natural das coisas. Nada se compara ao tempo das coisas acontecendo, tudo
naturalmente, sem pressa, sem respirações ofegantes ou declarações falsas de
amor eterno. Se fossemos todos mais maduros, observaríamos o valor de esperar
por algo que se eternizará ao invés de mentirmos infantilmente para
conseguirmos o que queremos, e pasmem! Quando conseguimos, alguns de nós nem
saboreiam bem, ou não conseguem saborear essa conquista.
Ser visionário, gentil e perspicaz não deixa ninguém menos
másculo, ou menos interessante. De nada adianta a academia sem livros de
conteúdo. De nada adianta o corpo talhado cuidadosamente sem saber usá-lo.
Aceitar que tudo mudou já é um começo. Fico olhando... A limitação de argumento
é tão latente! As escolhas ainda são do século passado, como o futebol, o
carro, a cerveja... Tudo em primeiro lugar, e a mulher em “stand by”... Tudo
errado! Isso tem que ser secundário complementar e não vital. Falamos de sexo
com a propriedade de macho-alfa, de dominadores, porém o que mais vejo são
mulheres se queixando de insatisfação. Concentrem-se! Olhem à sua volta, veja
além do que os olhos mostram... Sentimentalidades não arrancarão de nós a
capacidade viril de conquista. Os homens que amam, e não se omitem, são
perseguidos, rotulados pelos próprios homens como fracos e desmerecidos, são
jogados ao esquecimento pelos homens e
por algumas mulheres que hoje se tornaram mais leoas do que mulheres. Esses não
suportam ouvir a frase – “Todo homem é igual”, pois não é, aliás, ninguém é
igual a ninguém!
A deslealdade das “amizades” está tornando esse mundo
feminino impossível de conviver, daí tem nascido amizades verdadeiras entre
homens e mulheres, aqueles que sabem ouvir e falar o que precisam ouvir esses
não perdem a cadeira cativa no coração delas. São eles que merecem o status de
homem. Aquele que cresce mais no
intelecto e na alma do que nos músculos tende a decifrar segredos que aos
outros parecem enigmas seculares, como fazer uma mulher feliz, como dá-las o
prazer, não só sexual, mas o prazer de estar com você. Fazê-la sorrir somente
ao te ver. E isso não tem preço. Enquanto os meninos olham para as bundas, os
homens olham nos olhos, a janela da alma, e se souberem entrar por essa
janela... É de fato, um passo enorme para alojar-se no coração delas
eternamente. A vaidade que temos adquirido com elas tem deixado claro que somos
frutos do meio em que vivemos, a mulher é o ser dominante, ainda que não tão
imposto como fomos no passado, mas tudo tem girado em torno delas. O relevante
é que não basta ser sarado, hiperparanóico esteticamente falando, cabelinho
espetado, cheio de gel, carpa no braço e carro importado. Mulheres, as de
verdade... Aquelas que compensam mais do que uma noite, aquelas que merecem a
nossa vida toda, essas querem e merecem mais. E sabemos ser mais! Afinal, não
seria o cactos, a planta mais hostil que nasce nos lugares mais inóspitos que
vem a única água no deserto? Aquela que espeta, sabe acalentar a sede. Pois entre a voracidade do machado e a
capacidade do cactos de ser o essencial na hora certa, o que sobrevive... Não é
o que consome, e sim o que marca... Para sempre!
Nenhum comentário:
Postar um comentário