Olhem à sua volta... Não há muito do que nos orgulhar do que
fizemos com o mundo e a nós mesmos todos os dias. E então, olhamos para nós mesmos...
Os quão pecadores somos nós, somos crianças assustadas que não sabem, em sua
maioria, o quanto o mal nos sonda, nos observa, nos tenta... E aí você pensa...
AH! EU SOU BOM... E não fiz maldade alguma, não cometi pecado algum... Eis que se
comete-se mais um erro... Prontamente pensamos no que nos credencia positivamente
e ignoramos totalmente os motivos que nos ancorariam aqui, ou lá... Escolha seu
passo mal dado, escolha seu pecado: Pecamos por levantar falso testemunho
compartilhando fatos que desconhecemos a legitimidade... A veracidade, Pecamos
pela corrupção ludibriando o próximo
numa fila, o governo num programa social... Pecamos pelas “doces mentiras” que
não fazem mal algum, mas que se tornam bolas de boliches e fazem do próximo, pinos
impotentes próximos a serem derrubados... Pecamos pela inveja, seja ela
travestida de carência, ou mascarada de menosprezo... Pecamos pelo preconceito
, pela indiferença, pelo questionamento, pela arrogância, pela incompreensão,
pela pretensão em nos acharmos capazes de julgar o outro...Há aqueles que pecam
até mesmo em se pronunciar salvos...Narrarem com extrema exatidão tudo que acontecerá consigo após a sua morte... Quem somos nós para tanto? Aonde vamos
chegar desta forma? Exibimos os olhos tristes de quem andou por caminhos
errados, pés calejados por pedras, canelas furadas de espinhos...
Mas se a esperança nos deixa lentamente, ela segue viva no
coração misericordioso daquele que julgará a todos. Pois a espada da verdade
será desembainhada, e cegará aqueles que mentem... Ainda há tempo de nos redimirmos, dessa reflexão... Dessa
constatação dos quão ínfimos somos perante a grandeza de DEUS, do quanto
estamos longe de sermos donos da verdade, do quanto estamos anos-luz da noção
de justiça... De quanto tempo que perdemos, e onde perdemos a noção de certo e
errado... De como nos rendemos à vaidade e aos rótulos... E nos voltamos para
DEUS somente para pedir... E assim nossos erros nos ancoram aqui, nos ancoram
na terra... Nos deixam para trás.
Desta forma, seria plausível mudar, reajustar o curso,
seguir a verdadeira luz, não falo de refazer passos... Quem me dera pisar nas
minhas próprias pegadas e voltar aonde eu comecei a errar, a tomar outros
caminhos, se isso mudasse o passado... Mas não é assim tão fácil. Falo de
arrependimento, de reformulação, de recomeço, de reinício... Ressurreição. Falo
de rendição, de rendição ao amor de Deus e entregar-lhe o que é seu por
direito... Nós. Nosso amor e nossa devoção, e não haverá dor, preocupação,
injustiça ou desonra, somente paz, amor e o total estado de graça... A
comunhão. Senhoras e senhores...Desancoremo-nos!
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